Encaixe e Precisão

Por Naná Garcez

encaixe_precisao_2Sistema unitizado de fechamento de fachada com pele de vidro traz mais agilidade ao processo de finalização da obra. A partir deste mês de maio, no bairro de Intermares, em Cabebelo (PB) vai começar a funcionar a Métrica Esquadrias, empresa nova que se instala na Paraíba trazendo o Sistema Unit, mais avançado que o tradicional Sistema Stick, para revestir uma obra com aplicação de painéis de vidro. A empresa está sendo montada pelos empresários Fábio Barbosa de Moura (diretor comercial) e William Silva (engenheiro de produção).

A empresa que vai produzir os painéis de fachada de pele de vidro pelo sistema Unit está, temporariamente, instalada em Cabedelo. A sede definitiva ficará em Caaporã, numa área de 18 mil m² e deve funcionar como fábrica modelo. Os equipamentos novos são procedentes da Itália e da Espanha. O alumínio a ser usado vem da Alcoa e o vidro é produzido pela Cebrace.

Foi o que explicou o diretor comercial Fábio Barbosa de Moura, há 13 anos neste mercado e sócio de William Silva na nova indústria. Ele esclarece que este processo envolve mais planejamento fabril e menos tempo de execução, portanto, permite ao construtor mais controle de qualidade sobre o produto final que é o painel, assim como traz impacto positivo na obra, porque mais rapidamente o prédio é revestido, mostrando a beleza da edificação e transmitindo confiança ao mercado.

O primeiro trabalho Métrica Esquadrias será a fachada do Eco Medical Center Cartaxo, com obra em fase bem adiantada. Serão instalados 3.000 m² de pele de vidro num prazo estimado de 40 dias, com velocidade média de instalação de 130m²/dia, em condições climáticas favoráveis, como dias de sol e pouco vento. Na edificação, o vidro refletivo proporciona redução da entrada de calor, o que minimiza o uso do ar condicionado e diminui o gasto com energia. Como é laminado, em caso de quebra, o material se fragmenta, mas fica no local, sem causar cortes em que estiver por perto.

Empresários têm experiência no setor

O Fórum Criminal situado na esquina da Av. João Machado com a Rua Rodrigues de Aquino, e a Estação Ciência, no Altiplano do Cabo Branco, em João Pessoa (PB) são dois exemplos de fachada de pele de vidro, dando mais beleza à edificação. No entanto, nos dois casos, a aplicação dos painéis foi com o tradicional Sistema Stick, feito de forma semiartesanal, porque, primeiro, se faz o sistema de ancoragem, depois se coloca a esquadria, a seguir o vidro, sendo estas duas etapas executadas no ambiente da obra.

Desde 2001, nos Estados Unidos, e de 2002, no Brasil, vem sendo aplicado o Sistema Unit (ou unitizado) de fachadas com pele de vidro, que, agora, chega à Paraíba. Neste processo, o painel na altura de um pavimento (entre 3,4 e 3,5 m) é feito na fábrica e levado para o canteiro de obra, onde é içado para ser instalado no seu devido vão, andar por andar, de baixo para cima, como num jogo de lego.

“E, para que o encaixe seja preciso, o controle de qualidade feito na indústria busca a precisão nos milímetros”, explica o engenheiro de produção William Silva, ressaltando que o ganho de produtividade na obra. Ele está há 17 anos neste segmento, foi o responsável pela execução dos serviços tanto na Estação Ciência como no Fórum Criminal. Ao comparar os dois processos, destaca que o sistema unitizado não precisa de balancim (elevador externo de obra), porque o içamento do painel completo (esquadria já com vidro) é feito por cabo de aço motorizado; sendo rápido e seguro.

Destaque

O painel é composto do perfil de alumínio, parafuso de inox para fixação, vidro e borracha EPM, resistente às intempéries climáticas.

Matéria publicada na Revista Edificar.